A síndrome metabólica é um conjunto de condições clínicas, cuja base é a resistência à insulina e, quando associadas, aumentam o risco de desenvolvimento de diabetes do tipo 2 e de doenças cardiovasculares. Segundo a classificação mais utilizada na prática clínica, para caracterizar a síndrome metabólica é necessário que pelo menos três dos seguintes itens estejam presentes: circunferência abdominal superior a 88 cm na mulher e a 102 cm no homem; pressão arterial sistólica ≥ 130 mmHg e/ou diastólica ≥ 85 mmHg; glicemia alterada ou diagnóstico de diabetes; triglicerídeos ≥ 150 mg/dl; HDL colesterol <40 mg/dl em homens e <50 mg/dl em mulheres.
Os principais sinais e sintomas estão relacionados às doenças que o paciente apresenta. Por exemplo, pacientes diabéticos costumam apresentar boca seca, aumento da frequência urinária e aumento do apetite. Hipertensão arterial pode se manifestar por dor de cabeça, tontura, zumbido nos ouvidos. Além desses, também podem ocorrer manifestações do excesso de peso e da resistência à insulina, como problemas articulares, fadiga, sono não repousante com roncos excessivos, acúmulo de gordura na região abdominal e “acantose nigricans” – que são manchas escurecidas no pescoço e nas dobras corporais, como braços, pernas e virilha.
O tratamento para a síndrome metabólica se baseia nas doenças de base apresentadas, sendo sempre recomendada uma mudança de hábitos de vida, como uma dieta mais saudável e balanceada, prática regular de atividades físicas e uso adequado de medicações que contribuem para o controle das comorbidades clínicas.
A Dra. Nathalie Carvalho Leite comenta que é importante que os fatores relacionados à síndrome metabólica sejam identificados e tratados o mais precoce possível, a fim de evitar complicações a longo prazo.