Grupos de risco para progressão da fibrose hepática

Mais de 2/3 dos indivíduos com diabetes tipo 2 apresentam esteatose hepática. Além disso, existe alto risco de progressão da fibrose e de desenvolvimento de complicações clínicas por doença hepática nos pacientes com diabetes tipo 2, especialmente naqueles com maior duração do diabetes. Tanto a presença como a gravidade da obesidade estão relacionadas com a maior prevalência de esteatose e o maior risco de progressão para fibrose hepática. Obesidade, principalmente quando associada a 1 ou mais componentes da síndrome metabólica, confere maior risco de complicações clínicas relacionadas à cirrose hepática.

Outros 2 grupos de risco que devem ser avaliados para a presença de fibrose avançada são os parentes de primeiro grau de pacientes com cirrose por doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica e aqueles indivíduos que referem ingestão moderada de álcool.

A história familiar de um parente de primeiro grau com cirrose de causa metabólica confere um aumento do risco individual de mais de 10 vezes de fibrose avançada. Lembrando que membros de uma mesma família podem herdar fatores genéticos, mas também, por estarem vivendo no mesmo ambiente, compartilham padrões de estilo de vida semelhantes que influenciam no comportamento da doença hepática.

A ingestão moderada de álcool (21-39 g por dia nas mulheres e a 31-59 g por dia nos homens) associada à presença de obesidade e/ou alterações metabólicas pode favorecer o risco de progressão para cirrose e suas complicações clínicas. Por outro lado, o consumo pesado (40 ou mais g por dia nas mulheres e 60 ou mais g por dia nos homens) pode ser a causa direta da lesão hepática, causando todo um espectro de alterações que vai desde a esteatose simples, passando por uma forma de apresentação aguda e grave que é a hepatite alcoólica e evoluindo também para cirrose hepática e suas complicações.

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